ESCLEROSE MÚLTIPLA

Esclerose Múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica do Sistema Nervoso Central (SNC) caracterizada na maioria das vezes por ataques recorrentes de sintomas de natureza desmielinizante em diferentes partes do encéfalo e da medula espinal.

Causas

A Causa da Esclerose Múltipla

A causa da EM é ainda desconhecida, mas predisposição genética e fatores ambientais, principalmente na infância, tem grande importância na redução da tolerância imunológica e desenvolvimento da doença. Entre os fatores ambientais os de maior impacto são a infecção pelo virus Epstein-Barr e a baixa exposição solar com resultante deficiência de vitamina D. Outros fatores de risco são a obesidade, o fumo e possivelmente estilo de vida e aspectos nutricionais.

As formas clínicas da Esclerose Múltipla

 

De acordo com suas características de início e curso a EM pode ser classificada em diferentes formas:

  • Forma de síndrome clínica isolada
  • Forma recorrente-remitente
  • Forma secundária progressiva
  • Forma primária progressiva

 

O diagnóstico da Esclerose Múltipla

Como ainda não há um exame que demonstre com certeza que uma pessoa seja portadora de EM, o diagnóstico de EM requer a presença de evidências de três pilares para o seu diagnóstico:

  • Distribuição da doença em mais de uma parte do SNC, através de sintomas e sinais clínicos e/ou de imagem por ressonância magnética
  • Distribuição da doença no tempo, com a ocorrência de mais de um ataque, a presença de lesão à IRM com realce ao gadolínio, ou presença de bandas oligocloanias exclusivas do líquor
  • Diagnóstico diferencial, através  de evidências clínicas e laboratoriais que descartem a presença de outras doenças que simulam a EM.
 

Os sintomas e sinais da Esclerose Múltipla

Portadores de EM podem apresentar uma grande variedade de sintomas e sinais ao início e durante o curso da doença, dependendo do local de inflamação no SNC. Os sintomas e sinais mais comuns são:

  • Alterações da sensibilidade em parte do corpo, com dormência, dor ou falta de sensibilidade
  • Fraqueza muscular nos membros; frequentemente com alteração do modo de caminhar
  • Espasmos musculares e espasticidade
  • Diminuição da visão (neurite óptica)
  • Visão embaralhada ou dobrada
  •  Estrabismo
  • Nistagmo
  • Desequilíbrio para andar
  • Incoordenação para realizar tarefas com as mãos
  • Tonturas ou vertigens
  • Barulho no ouvido (tinnitus)
  • Diminuição da audição
  • Dormência em parte da face
  • Paralisia facial
  • Alteração da fala
  • Alteração da deglutição
  • Alteração do controle da urina e do intestino (urgência/incontinência)
  • Alterações da função sexual
  • Diminuição da memória e outras alterações cognitivas.

 

Princípios do tratamento da Esclerose Múltipla

O tratamento de portadores de EM deve obedecer alguns princípios básicos que promovam sua qualidade de vida, tanto no aspecto pessoal, quanto familiar e profissional.

  • A participação ativa dos portadores nas decisões sobre os vários aspectos de seu tratamento, traz maior aderência e consequente melhor eficácia das medidas terapêuticas.

  • O tratamento deve ser multidisciplinar, com a introdução não apenas de medicamentos, mas também de orientação de fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia, musicoterapia, e outras terapias adequadas à situação particular do portador frente à doença.

  • Avaliações periódicas e sistemáticas por médico especialista no curso da doença asseguram a identificação de necessidade de troca de medicação imunomoduladora específica para a doença, correção da dose de medicamentos sintomáticos, assim como a identificação de efeitos adversos dos medicamentos sobre a saúde geral dos pacientes.