Novos biomarcadores no diagnóstico e tratamento da arterite de células gigantes/polimialgia reumática

A arterite de células gigantes (ACG) é uma vasculite de grandes artérias com grave risco de perda visual por infarto no segmento anterior do nervo óptico e obstrução da artéria central da retina.  A ACG vem frequentemente associada a polimialgia reumática (PMR), manifestada principalmente por dores difusas no corpo e quadros de bursite.

  A doença ocorre quase exclusivamente em pessoas acima de 60 anos de idade. Enquanto seu diagnóstico é difícil, o tratamento é urgente para reduzir o elevado risco de cegueira súbita (Figura) e de outras graves complicações como infarto cerebral, intestinal, ou do miocárdio.

  Os marcadores tradicionais de inflamação sistêmica como o hemograma, a velocidade de hemossedimentação (VHS), proteina C reativa (PCR), fibrinogênio, e a eletroforese de proteina permaneem ainda de grande valor no diagnóstico, porém tem baixa especificidade para o diagnóstico diferencial.  Novos marcadores como a interleucina 6 (IL-6), IL-23, o amilóide A, e a chitinase 3-like protein (YKL-40) trazem novas possibilidades de tratamento com anticorpos monoclonais específicos. O primeiro destes anticorpos monoclonais já em uso é o tocilizumabe, um agente anti-IL-6 que tem demonstrado elevada eficácia no controle da doença.