A síndrome de neve visual é uma condição rara que afeta principalmente jovens prejudicando sua qualidade de vida, sua vida familiar e profissional.
A doença se instala subitamente fazendo com que os pacientes percebam pontos brancos, cinzas ou escuros piscando ou luzentes. No Brasil as pessoas descrevem esta anormalidade visual mais frequentemente como “semelhante a imagem de TV mal sintonizada ou que saiu do ar”, “pontos luminosos piscando”; “pontos brilhantes se movimentando na visão”; ou como “chuvisco na vista” (figura).
Embora história prévia de enxaqueca esteja presente na maioria das pessoas acometidas, a síndrome de neve visual difere da aura visual associada à enxaqueca por sua persistência por meses, anos ou para sempre e pelo envolvimento de todo o campo visual. Pesquisas recentes demonstram que o distúrbio visual resulta de hiperexcitabilidade das áreas visuais no cortex occipital por desconexão do controle inibitório talâmico.
O reconhecimento da queixa dos portadores de “neve visual”, e seu diagnóstico diferencial com neuropatias ópticas diversas e doenças retinianas através de propedêutica neuro-oftalmológica são importantes para estabelecimento do tratamento adequado e individualizado.
Neve visual ou “chuvisco na vista” comparada com visão normal. Há pontos esbranquiçados, escuros, luminosos ou “piscando” em toda visão, como se “fosse a TV mal sintonizada ou fora do ar” (modificada de George J. 2022)
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