Estudo coloca o Brasil como o segundo país com maior prevalência da doença no mundo; entenda o quadro, que causa vários sintomas neurológicos.
Você já ouviu falar sobre a esclerose múltipla (EM)? Poderíamos considerar a neuromielite óptica como uma “irmã” da EM por causa dos ataques recorrentes dos sintomas neurológicos.
Assim como a esclmúltipla, a neuromielite óptica – mais popularmente conhecida pelas iniciais NMO – é uma doença inflamatória autoimune que atinge diretamente o sistema nervoso central, causando uma variedade de sintomas neurológicos.
Pesquisas recentes demonstram, no entanto, que embora a NMO tenha sido por muito tempo considerada uma variante da EM, as duas doenças têm natureza e mecanismos diferentes. Até por conta disso, cada uma deve ser tratada com medicamentos específicos.
Esse é um conceito muito importante, afinal, o tratamento da esclerose múltipla pode ocasionar piora da neuromielite óptica, om ataques mais frequentes e mais graves. Daí a importância da diferenciação entre elas.
Para distinguir uma da outra, é preciso recorrer a história clínica, exame físico, exames de ressonância magnética e testes laboratoriais específicos.
Os ataques da neuromielite óptica podem ter extrema gravidade, devido ao alto risco de cegueira, incapacidade física permanente e mesmo de morte por paralisia da musculatura respiratória.
As origens do problema
A doença ocorre por ataques à antiaquaporina-4, uma proteína presente nos astrócitos (um tipo de célula do sistema nervoso), e que tem por função o transporte de água dos vasos sanguíneos às células nervosas.
Algumas áreas do sistema nervoso, como os nervos ópticos e a medula espinhal, apresentam elevada concentração dessa proteína, sendo, portanto, mais vulneráveis ao ataques da doença.
Os principais sintomas
A característica principal da neuromielite óptica é a recorrência de ataques de perda da visão por inflamação dos nervos ópticos (neurite óptica), de fraqueza muscular, dificuldade de caminhar, alterações da sensibilidade, perda de controle da bexiga e do intestino (mielite).
Pode haver ainda episódios de náuseas, soluços e vômitos que persistem por dias ou semanas, ocasionando desidratação e desnutrição.
A maioria dos pacientes é do sexo feminino
A neuromielite óptica atinge com mais frequência as mulheres, em uma proporção de 6 a 10 para cada homem.
A doença predomina em adultos jovens entre 30 e 45 anos, embora possa se iniciar em qualquer idade – desde crianças até pessoas mais idosas.
O paciente mais novo que chegamos a registrar no Centro de Investigação em Esclerose Múltipla (CIEM), da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, foi um bebê que iniciou a doença aos 8 meses de idade, enquanto o mais idoso desenvolveu a doença aos 79 anos.
Leia mais em: https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/a-neuromielite-optica-esta-mais-perto-do-que-voce-imagina/
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